"Por quê?"



"Por quê?" - Não faça desta pergunta uma arma, a vítima pode ser você!

13 de ago. de 2010

Quando o SIM diz NÃO




A gente fala, a gente sinaliza, a gente mostra o perigo, a gente chama de volta, e não veem, não ouvem. Por meses, anos, tentamos alertar que, se certos erros não forem sanados, tudo se vai no escorredouro do tempo, de modo irreversível. E que haverá um momento em que todos os esforços terão sido em vão. Mas parece que não nos ouvem. E, se ouvem, não nos acreditam. Nada fazem, nada tentam mudar, continuam a repetir os mesmos movimentos - ou a ausência deles - como se fossem divindades acima do bem e do mal, que pudessem assumir todos os controles do destino e daqueles que por ele passam.

Então, chega a hora inapelável do NÃO, e tudo muda. Quando todas as tentativas já se exauriram, aí conseguem enxergar o SIM. Querem porque querem o SIM, quase que obstinadamente. Chegam a prometer o mundo, sem ao menos consultá-lo sobre sua disponibilidade de ser ofertado. Mas é só porque o SIM agora está longe, inacessível, fora de controle. Aí tentam fazer em um dia o que se recusaram a fazer durante anos. Insistem em nos convencer de que tudo será diferente, de que tudo será como antes amanhã... Não, não e não. Quando se deixa escapar o tempo dos reparos, não há mais o que se fazer. O tempo oxidou todos os componentes da história e suas possibilidades. Nada resta a não ser imagens congeladas de um passado remoto, quase irreal. É assim...

Não sei por que alguns só compreendem o SIM no momento inexorável do NÃO. Pergunto-me se o homem não precisa da eterna insatisfação para dar continuidade à sua sobrevivência emocional. É uma pena... É uma pena... Não era pra ser assim.