"Por quê?"



"Por quê?" - Não faça desta pergunta uma arma, a vítima pode ser você!

13 de ago. de 2010

Metamorfose ambulante

Se alguém me perguntar para que servem hoje as experiências que tive, respondo sem hesitar: para nada! Ou melhor, para me convencer de que nenhuma experiência se repete.

E, absolutamente, não me queixo por isto. Afinal, posso ainda, depois de tudo, supreender-me com a alma em plena adolescência diante do inusitado, desajeitar-me com o imprevisível, deleitar-me com emoções inaugurais, com coisas que não senti. Porque a vida é um hiato muito breve para nos permitir sentir e saber todas as coisas.

"Se hoje sou estrela, amanhã já se apagou; se hoje te odeio, amanhã lhe tenho amor..." Ave, Raul Seixas! Como ele, prefiro ser esta metamorfose ambulante, a partir da minha essência. Arquivo as experiências passadas num álbum de retratos. Elas servem apenas para ajudar a contar a parte realizada da minha história, talvez, mas nunca para interferir ou modificar os próximos capítulos - partes a realizar. O que pretendo dizer, afinal, é que cada emoção é única e virgem. Ou será que alguém já tentou ensaiar uma emoção ou reproduzir exatamente a mesma história? Impossível, pelo menos para mim. A vida é feita de infinitas possibilidades.

E eu prefiro mesmo é ser essa metamorfose ambulante...