"Por quê?"



"Por quê?" - Não faça desta pergunta uma arma, a vítima pode ser você!

9 de set. de 2010

Por quê? x Por que não?

"Por quê?"- pergunte em abundância, mas não espere por respostas certas. Afinal, na vida, nunca encontramos respostas perfeitas. E, se porventura houver algumas que sejam, digamos, adequadas, raramente serão únicas. Porém, a pergunta é boa, quando não nos toma muito tempo. Por quê? Porque pontua. Marca onde está a dúvida. O que já é grande coisa. A confusão do olhar nunca é bem-vinda. O que faz mal é perdermos boa parte do tempo à espera de respostas; é nos deixarmos imobilizar, perscrutando possibilidades que raramente haverão de se confirmar. Melhor é passar para a próxima etapa e seguir vivendo. Melhor é estender a pergunta e transformá-la em "Por que não?". O "por que não?" projeta-nos a uma ação, contrapondo-se à natureza paralisante do "por quê?" Não exige respostas, explicações, sofismas, só atitudes e tentativas. Na incerta busca por respostas, há o risco de sermos neutralizados pelo excesso de cautelas, miopias ou obsessões que não levam a lugar algum e deixam o ar viciado. Estamos aqui mais para viver do que para pensar o viver, não é mesmo? Deixemos a tarefa de pensar os escombros da existência para os filósofos. Temos um compromisso com a nossa própria história, que deve se fazer contar. Vivamos então para poder contá-la. Vamos ao próximo passo, sem medo e sem amarras. Por que não?