"Por quê?"



"Por quê?" - Não faça desta pergunta uma arma, a vítima pode ser você!

13 de ago. de 2010

Caos

Já se sentiram assim, de um jeito em que qualquer processo criativo se torna inexequível? Assim, como se a existência estivesse sob o efeito de algum gás paralisante? Assim, entregue a uma lassidão que anula todo tipo de interferência sobre as coisas? Assim, como se se colidissem todos os pensamentos, formando destroços envoltos em uma nuvem confusa? Assim, como uma negação heliotrópica? Como se o Nada se instaurasse sobre as nossas soberanias, sejam elas de fantasia ou realidade? Já se sentiram assim? Pois é assim que me sinto. Mal consigo começar a contar a mais simples das histórias.

Tudo se confunde. E o mais sábio, nessas horas, é se abandonar às confusões. Tentar explicá-las, quando elas estão no auge de sua hiperatividade, é como lutar contra as correntezas. Não ouso me manifestar quando duvido de tudo (até de mim), quando as palavras são improfícuas para assinalar sensações como estas. Sensações de hecatombes e maremotos; sensações que misturam dores e prazeres; sensações que estão para além da História. Sensações que, inevitavelmente, passam...