"Por quê?"



"Por quê?" - Não faça desta pergunta uma arma, a vítima pode ser você!

13 de ago. de 2010

Ainda...

Por que será que desconfio de tudo? Das melhores às piores intenções? Dos discursos bem e mal construídos? Da poesia em profusão? Das prosas e das rosas? Por que não me deixo convencer assim tão fácil como fazem os ingênuos? Será que não restou qualquer resíduo de ingenuidade em mim? Mas crianças também desconfiam, desconfiam de tudo o que não é verdade... Então, ainda posso ser ingênua. Nem tudo está perdido.

Por que a descrença? Simples. Porque já acreditei demais, Porque já acreditei em tudo. E tudo no que acreditei não passou de blefes ocasionais no jogo da vida. Conheci o jogo e suas regras. Mas não quero mais jogar. Há muito não quero mais jogar. Não, agora não. Melhor ficar com meu ceticismo do que acreditar nos jogos e no que se consegue com eles.

O ceticismo é uma doença da alma, por desnutrição, que só amor genuíno pode curar. Amor é uma substância produzida por nós mesmos, só que seu princípio ativo depende de depositários da mesma substância.

Mas ora vejam só... Acabo de perceber que a descrença não é plena. Ainda acredito no amor.

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