"Por quê?"



"Por quê?" - Não faça desta pergunta uma arma, a vítima pode ser você!

13 de ago. de 2010

Os imaturos do amor

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A cada vez que me envolvo com alguém, um temor irrompe: estarei me envolvendo com um imaturo de amor? Sim, porque, quando atingimos um certo nível de maturação de sentimentos, cruzar com os imaturos é o que de pior pode acontecer. Seria impossível trilhar o mesmo caminho e na mesma direção.

Não há como reconhecê-los a um primeiro momento. Este é o problema. Só depois de um certo tempo é que podemos identificá-los. São aqueles que precisam experimentar a sensação de perda para compreender a real importância do outro; são os que não se preocupam em alimentar o afeto por, ilusoriamente, 'acharem' que têm a pessoa nas mãos; os que ignoram que, com a sequência de suas ações ou não ações, podem ser esquecidos; os que precisam de desafios permanentes para se motivarem numa relação. Oh, não! Ao menor sinal de detecção de um imaturo de amor, eu abandono o barco, por mais que a correnteza me castigue. Não manipularei, muito menos me deixarei manipular.

Prosseguir seria pouco inteligente e deveras trabalhoso. Os imaturos de amor exigem que a gente parta pro jogo, que crie situações artificiais, impedindo-nos, assim, de repousarmos o sentimento, os movimentos... Para mim, particularmente, seria muito fácil o jogo. Já aprendi o suficiente com a vida. E, exatamente por ter aprendido a jogar, é que aprendi também a não querer o jogo. Sei exatamente quais são os movimentos de atração e de repulsão. Mas ficar refém de jogo? Não, nunca. Jogando uma vez, terei de jogar sempre. Situação pobre e muito, muito, extenuante.

Dou-me ao luxo, depois de tantos açoites, de querer um pouco mais do que isso, ainda que esse pouco mais seja a fidelidade a mim mesma e a paz interior. E, quantos aos imaturos de amor, que a vida venha a lhes ensinar um dia que o amor de verdade se constrói na tessitura das simplicidades, das verdades e da saúde.