"Por quê?"



"Por quê?" - Não faça desta pergunta uma arma, a vítima pode ser você!

13 de ago. de 2010

A história de Maria Vitória

Agora que passara dos 30, Maria Vitória cismou de querer casar. Queria ter filhos, constituir família, de preferência com um parceiro que fosse homem de bem e lhe pudesse oferecer padrão de vida estável. Queria se casar. Já estava cansada de aventuras, de amores efêmeros, de viver o imprevisível. Com o tempo, sua meta transformou-se em obsessão. Procurava marido em qualquer canto; nas ruas, nas festas, em velórios e casórios. Nas noitadas não, porque homens disponíveis em casas noturnas eram... noturnos. Ou seja, não passavam mesmo de uma noite; uma noite lasciva - regada a champagne ou cerveja, dependendo do nível. Voltou-se ela, portanto, para este fim: casar e levar uma vida certinha. Frequentava cursos e inventava atividades em cujo ambiente pudesse estar aquele que viria a realizar o seu sonho maior. Queria tudo nos moldes tradicionais: casar na igreja, vestida de branco, jogar o buquê, posar para fotos cruzando tacinhas de cristal... Enfim, tudo a que tinha direito.

Porém, apesar de envidar todos os seus esforços nessa busca alucinada, o noivo nunca aparecia. O tempo passava e o máximo que conseguia era uma série de promessas baratas, com posterior saída à francesa. Quando o sujeito desconfiava da real intenção de Maria Vitória, dava logo um jeito de inventar viagens, problemas, doenças ou qualquer outro tipo de pretexto para pular fora do barco que o levaria à 'forca'. Mas Maria Vitória não desistia, queria porque queria casar. Àquela altura já era uma questão de honra. Não iria morrer solteirona. Começou a ficar deprimida, recolhida. Esquivou-se dos amigos, deixou de lado tudo o que a fazia sorrir ou deleitar-se, de alguma forma. Desorientada, entrou para a Igreja Universal do Reino de Deus. Lá certamente haveria de encontrar um marido. E finalmente, em nome de Jesus, encontrou. Aleluia, irmãos! Ezequiel era seu nome, um pequeno comerciante, de pouca cultura, mas trabalhador, honesto e... fanático. (clique aqui para continuar a história de Maria Vitória)