Mora em mim uma estranha que me assusta e é maior do que eu. Assusta-me porque é nua e simples, porque não está presa a lugar algum. Nem à pele, nem a passados, nem a futuros. E, para que a estranha não subverta a minha imobilizada desordem, deixo-a trancada. Ela esmurra todas as portas e grita por liberdade.